Raáb, a justa
Hebreus 11-1 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam;
Hebreus 11.30-31 - Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias;
31- Pela fé, Raab a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.
Josue2. 1-21 - Essa quinzena mais uma mulher da Bíblia irá com seu exemplo e atitude nos ensinar um pouco mais sobre o amor de Deus pelo seu povo.
Raáb, teve seu nome escrito na galeria dos que teve fé no livro de Hebreus, e é a mulher de quem a Bíblia nos relata no livro de Josué, já no segundo capítulo.
Depois da morte de Moisés, foi Josué escolhido para guia do povo que saíra do deserto, abençoado por Moisés e confirmado pelo Senhor.
Obedecendo e tomando posse da promessa do Senhor para o seu povo, Josué traçou um plano para tomar Jericó.
Enviou dois espias a Jericó para observar a cidade e a terra, eles iriam pernoitar na hospedaria de Raáb mas foram logo identificados, porque o povo de Jericó sabia que os israelitas estavam planejando atacá-lo e esses dois eram diferentes, o seguidor de Cristo é diferente, o espírito que habita nele tem a unção da diferença.
Jericó era a primeira cidade que eles iriam conquistar, era uma cidade próspera, localizada em um belo vale, fortificada pelo homem. O povo que lá morava eram idólatras, adoravam e sacrificavam às imagens e demônios, por ser uma cidade corrompida pelo pecado, muitas atitudes pecaminosas eram aceitáveis no meio deles.
No meio desse povo, morava uma mulher, prostituta de profissão e dona de uma estrebaria, razão pela qual muitas notícias e relatos se ouvia onde ela estava.
Com o passar dos anos, a fidelidade e justiça de Deus para com o seu povo, era difundido e espalhado nas nações.
Talvez Raáb tenha meditado nos relatos que ouviu sobre Israel e seu Deus. Quando soube que Israel estava acampado do outro lado do Jordão, prestes a invadir sua cidade, Jericó, Raáb deve ter ficado preocupada com o que poderia acontecer com seu povo. O Deus que ela ouvira falar era muito forte e poderoso, um Deus que fez o povo passar o Mar Vermelho, falavam da fidelidade Dele em todos os anos que os israelitas estiveram no deserto, fornecia alimento diário, os protegia do sol e a noite os aquecia, um Deus cuidadoso em todos os detalhes.
Queria conhecer mais desse Deus, um Deus vivo.
Será se ela tinha algum valor, será que havia algo nela que o Deus deles poderia notar?
É verdade que a influência da cultura pode ser forte, mas não a ponto de eliminar a consciência, aquele senso interior do certo e do errado que o Senhor deu a todos nós. (Romanos 2:14, 15) Raabe pode ter percebido que seu estilo de vida era degradante. Talvez, como muitos hoje, ela se sentisse obrigada a levar esse tipo de vida por não ter alternativa para sustentar sua família.
O plano de Josué conhecer a cidade e conquistá-la e o plano de Raáb ao tê-los em sua casa, era conhecer e ouvir mais sobre o Deus que eles serviam.
Depois de identificados e procurados pelo rei de Jericó, a atitude de Raáb em escondê-los foi o que salvou a vida daqueles homens, mas o ato dessa mulher em esconder os espias, foi além de um ato de coragem. Foi um ato de fé, querer para ela e os seus o mesmo Deus Forte que os israelitas tinham, em seu coração havia a certeza de que Deus era supremo, foi uma mulher de atitude, de iniciativa, ela só ouvira, ainda não tinha tido experiência com o Senhor, mas já o aceitou e reconheceu a soberania do Deus de Israel, relembrou aos espias de todas as obras do Senhor, ainda informou que seu povo estava sem ânimo e com medo, e fez uma bela declaração, que até os dias de hoje deve ser a nossa certeza: Porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e em baixo na terra (Josué2.11), e ensinou aos espias por onde ir e como fazerem até o servos do rei retornarem por não o encontrarem.
Raáb não foi traidora, ela soube que aquele povo invadiria sua cidade, não pela força deles, mas porque o Deus que estava com eles era o maior, porque as promessas dele se cumpririam.
Ela pediu pelos seus, e foi atendida, toda a cidade, povo e animais foram destruídos, mas ela e sua família foram poupados, um fio de cor escarlate na porta identificava que os que ali estavam eram poupados, nos lembrando quando no Egito o espírito da morte passou e poupou ao povo de Israel, em que nas ombreiras da porta estava a marca do sangue do cordeiro (Exodo12.21-23)
A Raáb foi permitido morar perto do acampamento dos Israelitas e com o tempo tornou-se uma deles, casou com um Israelita, Salmon, e dela veio Boaz, marido de Rute, e de Boaz, Jessé, de Jessé veio Davi, e de Davi veio o Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Hoje em dia, há muitas pessoas como a Raab de antes, presas em um estilo de vida que tira a alegria e dignidade, acham que ninguém se importa com elas e sentem-se sem valor, mas o relato de Raab é um lembrete consolador de que nenhum de nós é invisível para Deus. Não importa o quanto nos sintamos insignificantes, "Ele não está longe de cada um de nós" Atos17.27. Ele está pronto e ansioso para dar esperança a todos os que exercem fé Nele.
Temos a nossa disposição muito mais conhecimentos sobre Deus do que ela tinha. Buscamos conhecê-lo? Exercemos fé nele? Aprendemos com sua Palavra?
" Portanto nós, também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado, que tão de perto nos rodeia e, corramos, com paciência a carreira que nos está proposta.
Olhando para Jesus que é o autor e consumador da nossa Fé" Hebreus12.1-2